quinta-feira, 31 de março de 2016

Grêmio e a evolução de Roger



Tenho ficado bem atento  ao trabalho do Roger no Grêmio e me parece bem claro que ele vem tentando evoluir em alguns aspectos de sua equipe. A principal atenção que imagino que o treinador tenho é para o ataque. No ano passado, Imortal se caracterizou por ter uma excelente capacidade de envolver os adversários com posse de bola e troca de passes. Mas claramente faltava finalização. Roger parece trabalhar nisso.

É possível observar uma maior preocupação dos atacantes em chutar contra a meta rival. E vem surtindo efeito. É visível na atitude. Mas como é muito difícil avaliar apenas com os estaduais, e os poucos jogos da Libertadores, procurei comparar com o Gauchão do ano passado.

No ano passado, o Tricolor teve média de 1,25 gols no campeonato gaúcho. 20 partidas e 25 bolas nas redes. Em 2016, essa média é bem superior, de 2,25. Doze jogos e 27 gols.

Apenas como perspectiva para o futuro, se o Grêmio foi terceiro colocado no Brasileiro de 2015, podemos esperar coisa melhor em 2016. E não podemos esquecer, que se esse prognostico se realizar, como é importante a continuidade no trabalho dos treinadores.

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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Esse fim de semana fui ao jogo do meu time



Esse fim de semana fui ao jogo do meu time, frequentei estádios muito mais do que faço hoje em dia. O único motivo é meu interesse por ter um conhecimento maior sobre futebol, e para isso, acompanhar a maioria dos jogos que consigo. Então fico em casa, onde isso é possível. Mesmo sabendo que acompanhar jogos da arquibancada nos dá melhores elementos para análise. Enfim, é uma escolha, nada mais.

Mas como faz falta ir ao estádio! Pelos amigos, pelo clima. Por pior que seja o jogo, é legal. Arquibancada é um santuário onde alimentamos essa paixão que é o futebol.

Mas esse texto é apenas para descrever uma situação no mínimo interessante que vivemos. Fui ao jogo com quatro amigos, parceiros de longa data, que o papo rola solto, como as cervejas, com naturalidade. Com eles o assunto é restrito apenas no que há entre o céu e a terra. Ou seja, tudo. Política, samba, torcidas, campo e bola. Relembrar momentos passados: “pô, lembra aquela vez”. Isso é toda hora. “E quando o fulano, que hoje mora fora da nossa cidade, trepou na arquibancada mandando o técnico tirar o time de campo? ”. PQP, sensacional! E era o mesmo técnico atual, em sua primeira passagem. Que saudade de você cara!

Combinamos de nos encontrar em um bar próximo ao estádio. Fui de carona com um deles, para encontrar os outros lá. Foram de metro, mais fácil. Descemos do carro e já fu pescoçando dentro da janela para ver se já tinham chegado. Ai me assustei, fiquei na dúvida. Era isso mesmo? O bar lotado, todos do mesmo time. Mas no balcão, tinha um cara diferente. As cores eram outras. Eram mesmo? Fiquei até na dúvida. Enfim, entramos. Era isso mesmo! O cara no balcão, tomando um negocinho, ostentando a camisa adversária. Não só adversária, rival! Da mesma cidade! Rivalidade séria.

O que mais me espantou não foi a presença dele em si. Mas sim que todos os outros ao redor, com as camisas do nosso time, bebendo, conversando exaltados sobre a política do clube, sobre determinado jogador, técnico, presidente; ignoravam solenemente a presença daquele corpo estranho. Não olhavam feio, não hostilizavam. Era como se lá não estivesse. Bebemos, comemos, falamos e fomos para o jogo. O cara já tinha ido embora, provavelmente assistir a derrota do seu clube de coração em casa. O nosso venceu. Mas no pré-jogo regado a papo e cerveja, o futebol venceu. Nós vencemos.

Mas esse não é um canto de vitória na guerra. Talvez comemoração de uma batalha. Existe violência no futebol, como existe no mundo. Com diversas razões, na minha opinião com raízes sociais marcantes. Mas ali naquele bar, a convivência pacifica venceu de forma silenciosa. De forma natural. O cara foi ao bar tomar cerveja com uma camiseta de cores diferentes do que a maioria. Normal.

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terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Estreia do Palmeiras não assusta, mas tem seus perigos


Palmeiras estreia na Libertadores contra o River Plate do Uruguai. O homônimo uruguaio do famoso clube argentino vem da fase anterior da competição sul-americana, quando superou a “La U”. Talvez a grande zebra dessa fase do torneio, nem tanto pelo futebol apresentado, mas pelo nome de muito maior expressão dos chilenos. River fez 2 a 0, em casa, na partida de ida e segurou um 0 a 0 no Chile. Mas não se pode dizer que foi superior ao rival em nenhum momento dos 180 minutos da disputa. Sempre perigoso falar em facilidade na Libertadores, como quase sempre fazemos com nossa soberba dos que se acham os donos do futebol. Mas dá para se ter uma ideia da dificuldade que o alviverde encontrará.

O maior rival dos palestrinos talvez sejam suas próprias dificuldades, que persistem desde o ano passado, e não parecem ter sido superadas nesse início de ano. Na minha opinião, Marcelo Oliveira insiste no desenho tático do ano passado, sem que este produza bem desempenho. O ponto chave é o posicionamento de Robinho. No papel, o camisa 27 está aberto na direita do 4-2-3-1, com Dudu na armação central e Gabriel do lado oposto. Robinho ficando aberto participa menos do jogo, a transição ofensiva e criação na frente se dificultam. Nas últimas partidas tem abandonado sua posição inicial para circular pelo meio, movimentação que sendo muito constante desequilibro o posicionamento verde. Marcelo não dá indicativos de uma alteração de postura, mas com o elenco que tem nas mãos existem diversas possibilidades de formações.

Outro aspecto que os palmeirenses precisam ficar atentos é na formação de sua zaga, mais especificamente da lateral esquerda. É o ponto mais fraco defensivamente. Mas não imagino que o problema esteja relacionado aos nomes escalados, Zé Roberto e Egídio parecem apresentar dificuldades semelhantes. Os dois, muitas vezes abandonam a formação da linha de defesa para caçar seus rivais avançando demais, ou mesmo pelo meio de campo. Com um padrão desses fica muito fácil para os adversários armarem a arapuca. Os dois gols contra o Linense saíram nas costas de Egídio, e pior, marcados por Pottker, que atuava aberto na direita, que no encaixe defensivo seria responsabilidade do lateral.

Contra o River, esse problema pode não ser tão dramático, já que o técnico Carrasco esboça montar a equipe sem pontas abertos. A escalação prévia dos uruguaios é a mesmo que atuou na volta contra La U: Perez no gol. Gonzalez, lateral direita, Ronaldo Conceição e Flores na zaga, Ale lateral esquerdo. O meio tem o desenho de um losango, Rodriguez é o primeiro volante, Gonzalez e Angel Rodriguez os vértices laterais e Gorriaram o meio central. Michel Santos cai mais pela direita de ataque, e é um centroavante técnico e de muita movimentação, Schiapacasse, mais pela esquerda, é um segundo atacante de velocidade. Os destaques individuais ficam para a dupla de ataque e Gorriaram. Esse último na partida de ida foi segundo volante pela direita no 4-3-3, já na volta, como parece ser diante do Palmeiras, foi o armador central.

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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Bauza tem que ajudar Ganso



Tricolor estreia na primeira fase da Libertadores. Noticiário chama atenção para a zaga de Bauza, que possivelmente com a ausência de Breno, terá Lucão como reserva imediato. E Lyanco integrou o grupo profissional, estava na Libertadores com as divisões de base.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Galo inicia 2016 como continuidade de 2015



Galo início hoje seu ano de 2016, em torneio amistoso. A primeira partida será contra os alemães do Schalke 04. Aguirre, técnico uruguaio, começará a mostrar como pensa em formar os atleticanos para a temporada. Inicios de ano, principalmente em torneios amistosos, são sempre difíceis de se avaliar desempenho. É preciso muita ponderação para perceber tendências mais que tirar conclusões.

Atlético seguiu o caminho de quase todas as equipes brasileiras, trocando de técnico. Apesar que o processo me pareceu mais correto que a maioria, já que se deu ao final do ciclo. Mesmo achando que Levir não fez um trabalho ruim. De qualquer forma um aspecto interessante é que ainda que trocando de treinador, o alvinegro tem seu fio de continuidade, já que o elenco que inicia 2016 é muito parecido com do ano anterior. O que não acontece com a maioria dos times por aqui. A falta de continuidade do futebol brasileiro se dá tanto com técnicos, como com elencos.

Vamos aos fatos. Se se confirmar a escalação prevista para a partida contra o Schalke, Galo terá a mesmíssima base que formou os times titulares da temporada anterior. Exceção apenas para Thiago Ribeiro que sai na frente de Dátolo. Dos 11 inicial proposto por Aguirre, veja os percentuais de partidas disputadas como titulares em 2015:

Victor, 100%
São Victor do Horto participou de TODAS as 63 partidas do ano

Marcos Rocha, 57%
Não teve um ano tão regular, sofrendo com algumas lesões

Leo Silva, 71%
Jemerson, 93%
Os dois fizeram a dupla titular em 44 dos 63 jogos

Douglas Santos, 76%

Leandro Donizete, 74%

Rafael Carioca, 92%
Jogador de linha com o maior percentual de participação do elenco, não jogou 5 jogos

Giovanni Augusto, 55%

Luan, 76%

Pratto, 85%

Thiago Ribeiro, 41%

Que substituirá Dátolo, o argentino tem o índice de 58%


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terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Breves observações sobre o elenco do Internacional



Internacional começa sua caminhada em 2016 disputando a Florida Cup, assim como os brasileiros Atlético, Corinthians e Fluminense. Pirmiero jogo quarta-feira, 13, 23h30 contra o Bayer Leverkusen. Antes do início do torneio de pré-temporada estava analisando o elenco do colorado, não necessariamente fechado. Alguns podem ir, outros ainda podem vir.

Dois aspectos me chamaram a atenção. O primeiro é que o setor dos volantes está muito fortalecido com a chegada de Fernando Bob, que fez ótimo Brasileiro pela Ponte Preta. Pode formar boa dupla ao lado de Rodrigo Dourado. Outro que reforça o elenco é Fabinho, vindo do Figueirense, parece bom reforço para compor o elenco. Os três poderiam ser chamados de primeiro volante, apesar da qualidade de passe. Mas com isso quero dizer que são volantes mais fixos, posicionados mais atrás. Bob iniciava as jogadas da Macaca, e Fabinho na maioria das vezes era o volante mais recuado no Figueira. Não vejo, a princípio, nenhum problema de jogarem juntos, dois dos três como dupla. Apenas ressalto uma característica possível. Talvez falte no elenco um volante de mais mobilidade e infiltração.

Outro fator é o ataque muito jovem do elenco de Argel. Como atacantes tem à disposição: Bruno Baio (20), Sasha (23), Vitinho (22), Andrigo (20), Aylon (23). Rafael Moura pode estar de saída para o Atlético mineiro. Assim, como opção de centroavante fixo, resta Baio, muito jovem com seus 1,97 de altura. Sasha e Vitinho podem jogar, e o fizeram em 2015, como atacantes mais avançados. Função que desempenham bem e parece ser uma tendência.

Apenas breves considerações, sem grandes pretensões analíticas, de uma primeira olhada no elenco. Boa sorte aos colorados em 2016.

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quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

A perda de Renato Augusto e Jadson em números



A saída de Renato Augusto para a China parece inevitável. Que é trágico para o Corinthians todos sabem, que representa o desmonte do essencial da forma de jogar do time campeão brasileiro montado por Tite também ninguém tem dúvidas. Possivelmente foram os dois melhores jogadores do campeonato nacional.

Renato Augusto e Jadson dividiam tarefas de forma perfeita no alvinegro, como dois meias. Obvio que não é absolutamente esquemático como direi. Mas Renato fazia a transição para o ataque e articulava o time, Jadson dava o passe fatal e entrava na área. O mais interessante disso é que os dois faziam papel de armador central sem estarem plantados a frente dos volantes e entre os meias externos. Renato ao lado de Elias, a frente de Ralf. Jadson aberto na direita.

Enfim, mas esse post tem só como objetivo medir a perda do Corinthians para 2016 em números. São alarmantes, mesmo Renato Augusto sendo “invisível” aos números, estatísticas que beneficiavam Jadson muito mais. Mas vamos aos números, sem Jadson e Renato Augusto Corinthians perde:

43% dos seus passes para gols, Renato responsável por 11 e Jadson por 25

20% de seus gols, Jadson 16 e Renato 7. Lembrando, claro, que não são atacantes. O camisa 10 foi artilheiro da temporada, ao lado de Love. O camisa 8 foi superado no quesito apenas pela dupla, Guerrero (10), Elias (9) e Malcom (8).

Renato Augusto participou de 73% das partidas em 2015, Jadson 85%!

Jadson participou de 35% dos 117 gols da temporada, líder do quesito. Renato Augusto, terceiro, com 15%. Love é o segundo, teve 18%.

A perda é imensa. Os dois hoje, com certeza, são insubstituíveis no mesmo nível. Desafio de Tite para a próxima temporada aumento muito. Veremos.

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